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Danem-se os números! BY WALDEMAR GUIMARÃES
Danem-se os números! BY WALDEMAR GUIMARÃES

Danem-se os números!

Com a automação da sociedade atual cada vez mais nos distanciamos da natureza, das nossas raízes mais profundas que nos deu o sopro da vida.
O Programa Intensidade Total tem como objetivo principal resgatar o instinto natural humano otimizando assim o progresso em seu programa de treino e na vida como um todo. Para isso nos livramos das contagens de séries e repetições, nos esquecemos do relógio a fim de tornar o treino mais intuitivo.
De fato, a contagem numérica é algo bem recente na história da humanidade que é contada em milhões de anos, os números de forma organizada, como os indo-arábicos não existe por muito mais do que mil anos, contagens mais primitivas não mais do que quatro mil anos. Os números foram criados para contar o rebanho no início da vida pastoral humana na Suméria, mas existem povos que mesmo nos dias atuais mal sabem contar. Sabem por que? Porque eles não necessitam! Os mucurundus na nossa selva Amazônica só têm palavras para um, dois e três, acima disso eles utilizam a palavra que corresponde a “muitos” para nos.
Treinamos a capacidade de contar desde a infância, mas a habilidade não é inata, tanto é verdade que se qualquer pessoa deixar de usar números por um determinado período de tempo, perderá um grande parte a capacidade de usá-los eficientemente, até que re-treine novamente. Isso porque a contagem, de novo, é algo extremamente novo em nossa cultura. Outro fato comprovatório observa-se com advento das calculadoras em massa na década de 70, nossa capacidade de calcular diminuiu muito desde então, mostram algumas pesquisas.
Por outro lado, podemos utilizar a capacidade intuitiva de forma mais aguçada e útil em qualquer segmento da vida. Já perceberam como uma cadela que teve vários filhotes sabe quando falta apenas um sem saber contar? Isto é a intuição e a percepção espacial que nos vem faltando.
Assim, podemos saber se foram muitas ou muito poucas repetições sem contar, mas sustentados por percepções psico-fisiológicas, basta se desvincular dos somatórios numéricos. Mas a alienação numérica que nos aprisiona vai além dos números de RG, CPF de séries e repetições. Elas aprisionam o Homem como um todo!
Certa vez perguntaram a Larissa Reis em um aeroporto não o seu peso, mas “ qual era o seu percentual de gordura”, ela não tinha a resposta o que muito decepcionou a interloctura, já que a atleta sabia da irrelevância do dado em um esporte em que é campeã internacional. Recentemente recebi um comentário pelo meu site de uma pessoa totalmente revoltada, chegando até a ameaças heróicas que obviamente só concluiria em seu mundo de ilusões numéricas; porque ao me perguntar em um curso qual era o meu peso eu respondi que eram 20 ou 30 quilogramas? O mesmo tomou isso como uma grande ofensa em sua mente cartesiana.
Na realidade a minha intenção, é fazer as pessoas pensarem que não importa o peso corporal nem quantos centímetros de braço se tenha ou o diâmetro da cintura, mas sim como a pessoa se sente. Chega de ditadura numérica!
Mesmo em competição das modalidades do bodybuilding, não se vence porque se tem um por cento a menos de gordura ou 3 centímetros a mais de braço, mas sim porque na avaliação subjetiva o pacote é melhor.
Intuir e se sentir bem é o que importa. Logicamente números são necessários nas práticas controlada das ciências e em economia, mas não se deixem reger por números, mesmo porque, nem que sua conta seja para somar dinheiro, lembre-se que caixão não tem gavetas.